Vivemos em um mundo barulhento. São vozes por todos os lados, notificações, opiniões, cobranças, expectativas… Às vezes, é tanto ruído que a gente mal consegue escutar a própria alma. E é nesse cenário caótico que o silêncio se torna uma ferramenta poderosa, quase sagrada.
O silêncio não é ausência. Ele é presença. Presença de si mesmo. É quando a gente se afasta um pouco do barulho de fora para ouvir o que está gritando por dentro. No silêncio, a verdade aparece sem disfarces, os sentimentos se mostram como são, e a alma, que antes estava abafada, começa a respirar.
Há dores que só o silêncio cura. Há respostas que só o silêncio revela. E há conexões com Deus que só acontecem quando o mundo cala e o espírito escuta.
Não é à toa que as grandes decisões da vida surgem em momentos de pausa. O coração se acalma, a mente clareia, e o que parecia confuso começa a fazer sentido. O silêncio não é o fim da conversa — é onde começa o entendimento. É onde a sabedoria se revela.
Mas o silêncio também nos ensina a escutar melhor o outro. Quem fala demais, ouve de menos. E quem ouve de menos, aprende pouco. Às vezes, o maior ato de amor não é dar uma resposta, é saber ouvir. É acolher com presença, sem pressa, sem julgamento.
Hoje, te convido a cultivar o silêncio. Nem que seja por alguns minutos. Feche os olhos. Respire fundo. Desligue o mundo e ligue-se a você. Pode ser que ali, nesse instante de paz, você encontre aquilo que tanto estava procurando.
Porque, no fundo, o silêncio não é vazio.
O silêncio é cheio de respostas.
José Waldez