Muitas vezes, sem perceber, carregamos pesos que não são nossos. Tomamos para nós responsabilidades, culpas, dores e cobranças que pertencem a outras pessoas — ou até a versões antigas de nós mesmos. E, quando a vida começa a pesar demais, a gente se pergunta: “Por que estou tão cansado?” — sem perceber que o que está nos sobrecarregando nem deveria estar nas nossas costas.
Tem gente que vive tentando resolver o que o outro não quer mudar. Sofre pelos erros dos outros, carrega as expectativas dos outros, tenta ser tudo para todo mundo… e se esquece de ser para si mesmo. Isso não é nobreza, é autoabandono.
Você pode amar muito alguém, mas, ainda assim, não pode viver a vida por essa pessoa. Não pode impedir que ela sinta, que erre, que cresça, que aprenda. Cada um tem seu próprio caminho, suas próprias escolhas — e suas próprias lições.
Da mesma forma, há culpas que não nos pertencem mais. Se você fez o melhor que pôde, se tentou com verdade, se aprendeu com os erros, então é hora de soltar o que já foi. A culpa precisa dar lugar ao perdão. E o perdão precisa abrir espaço para a leveza.
A vida já tem desafios demais para você andar com a bagagem dos outros nas costas. Então, hoje, faça uma escolha: tire a mochila. Veja o que está lá dentro. O que é seu, você encara. O que não é, você devolve — com respeito, com amor, mas com firmeza.
Cuidar de si não é egoísmo. É responsabilidade.
E só quando você está bem é que pode ajudar verdadeiramente quem está ao seu redor.
Libere o que pesa. Fique com o que edifica.
E siga mais leve, mais inteiro, mais você.
José Waldez